Na primeira reunião do nosso grupo de estudos tivemos a oportunidade de fazer algumas reflexões introdutórias. No GE Pensamento e Práticas Insurgentes, discutimos a importância de uma historia e uma analise política feita “de baixo para cima”, e como o conceito de infra-política de James Scott pode nos ajudar a entender formas de resistência e insurgência no Brasil contemporâneo. Na próxima reunião iremos discutir os movimentos multitudinários de junho de 2013 e questões teóricas associadas ao mesmo: qual o caráter de classe dos protestos? Eles apontaram para uma guinada conservadora da sociedade brasileira? A partir de dados da pesquisa “Luta de Classes e Insurgências no Brasil” (NEP) e da leitura crítica do livro “Cidades Rebeldes” realizaremos uma discussão crítica sobre esses pontos. Além disso iniciaremos um trabalho de organização dos “Arquivo das Insurgências”, realizando um trabalho de coleta e organização de formas de protesto surgidas em Junho e sua análise (organizando e analisando clippings de jornais, fotos, vídeos e etc.). No GE Conflitos Socioambientais debatemos alguns temas centrais para análise da relação entre natureza e sociedade, especialmente a necessidade romper com o dualismo e considerar a sociedade humana como parte do mundo natural, englobada numa permanente dialética natureza/sociedade. Para isso é preciso recuperar a noção de “luta pela existência” como um fator chave que explicita as relações no mundo natural e no mundo social, sendo que não somente as sociedades humanas, mas todas as espécies vivas participam da luta pela existência. Ao mesmo tempo, essa luta pela existência assume na história as formas de lutas sociopolíticas e socioambientais pelo controle do “mundo natural”. Hoje uma das principais formas dessa luta pela existencial é a luta pelos recursos energéticos, que explicita o caráter contraditório do próprio capitalismo (que para manter seu processo de acumulação precisa diminuir o custo energético, e para isso demanda mais energia). Na próxima reunião discutiremos como a antropologia ecológica pode auxiliar na compreensão dessa contradição (Usaremos o texto “Adaptabilidade Humana: uma introdução à antropologia ecológica” de Emilio Moran, p. 47-92). Também iniciaremos o trabalho de organizar um Observatório do Desenvolvimento e dos Conflitos Socioambientais, para organizar e analisar documentos da política de desenvolvimento, especialmente o PAC e outras estratégias globais e monitorar os conflitos em torno dessas estratégias.
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